A semana da Arte moderna
Movimento de explosão artístico – cultural preparador do espírito literário para profunda e radical renovação, um golpe de destruição da velha ordem. Originou-se de uma sugestão do pintor Di Cavalcante a Paulo Prado, a fim de organizarem uma Semana de escândalo em São Paulo: foi o “brado” coletivo de cunho exclusivamente artístico e o ponto de encontro de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira e os artistas Anita Mafaltti, Victor Brecheret e Di Cavalcante; tinha como objetivo criar uma nova estética.
O fato cultural que antecede a Semana foi a Exposição de Anita Malfatti, em dezembro de 1917, trazendo novos elementos plásticos pós – impressionistas (cubistas e expressionistas), oriundos da Alemanha e dos Estados Unidos.
PANORAMA HISTÓRICO CULTURAL:
Acelerada transformação nos centros urbanos, em decorrência do processo industrial;
Criação da política dos governadores;
Acelerado processo industrial;
Aumento da imigração européia; Surgimento da burguesia;
Reivindicação pelo voto secreto;
Greve geral por melhores salários;
Tenentismo (1893); Revolta de Canudos (1869 / 1897);
Ciclo do Cangaço (1900);
Revolta contra a vacina obrigatória (1904);
Revolta da chibata (1910); Padre Cícero (1911 / 1915);
ANTECEDENTES DA SEMANA
Oswald de Andrade, funda o jornal “O pirralho” implanta as idéias do Futurismo;
Primeira mostra de Arte de Lasar Segall e Anita Malfatti;
Publicação das obras: “Há uma gota de sangue em cada poema” de Mário de Andrade, “Nós” de Guilherme da Almeida, “Juca Mulato” de Menotti del Picchia e “Cinza das horas” de Manuel Bandeira.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES:
Pintura: Anita Malfatti, Tassila do Amaral, Di Cavalcante, Vicente do Rego Monteiro;Lassar Segall.
Escultura: Victor Brecheret (Monumento a Caxias e às Bandeiras)
Música; Ernâni Braga, Heitor Villa Lobos e Guiomar Novaes;
Literatura: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Graça Aranha, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho.
A SEMANA surge em São Paulo (1922), no Teatro Municipal, posteriormente em todo país, constituindo-se em várias correntes:
a) DINAMISTA: RJ. - com Graça Aranha, Ronald Carvalho, Guilherme de Almeida, Vila Lobos, Agripino Grieco e Teixeira Soares etc.
TESES: culto do movimento e da velocidade, do progresso material, da grandeza técnica, rotulados como “objetivismo dinâmico”;
b) PRIMITIVISTA: SP - com Oswald de Andrade, Raul Popp, Antônio de Alcântara Machado, o Manifesto Pau Brasil e a Revista Antropofagia (duas geniais invenções de Oswald). Como disse Cassiano Ricardo, buscava a renovação nos moldes primitivos da terra e da gente brasileira;
c) NACIONALISTA: S.P. movimento Verde – Amarelo (1926), Anta (1927), o da Bandeira (1936) com Plínio Salgado, Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia. Essas correntes visavam uma Epopéia Brasileira, iniciada com Pau – Brasil;
d) EXPIRITUALISTA: R.J. Revista Festa com Tasso da Silveira, Andrade Murici, Murilo Araújo, Francisco Karan, Cecília Meireles, Murilo Mendes, herdeiros do espiritualismo Simbolista;
e) DESVAIRISTAS: foi a linha criada e inspirada por Mário de Andrade. Buscava a liberdade de pesquisa estética pela renovação da poesia, pela criação da língua nacional.
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA
13. 02. 1922
Abertura:
“A Emoção Estética na Arte Moderna”, conferência de Graça Aranha.
Música: Ernâni Braga, Poesias de Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida.
“A Pintura e a Escultura Moderna no Brasil”, conferência de Ronald de Carvalho;
Música de Ernâni Braga- três danças africanas tocadas por Heitor Villa Lobos.
15. 02. 22
Conferência de Menotti del Picchia sobre a arte e a estética.
Poemas são lidos: Oswald de Andrade lê o poema “Ode ao burguês”, de Mário de Andrade, Ronald de Carvalho lê “Os Sapos”, de Manuel Bandeira – uma crítica ao Parnasianismo etc.
Bailado: Ivonne Daumeric.
Música: Heitor Villa Lobos.
“Perennis Poesia”, conferência de Renato de Almeida (folclorista e crítico musical).
17. 02. 22
Apresentação de músicas de Heitor Villa Lobos, já conhecidas pelo público;
Graça Aranha abre o festival com uma conferência ouvida com respeito pelo público, em que diz: “Se a Academia não se renova, que morra a Academia”
Menotti del Picchia apresenta as idéias do grupo modernista:
Exposição de pintura com Anita Malfatti e Di Cavalcanti;
Escultura de Brecheret;
Mário de Andrade encerra com uma palestra.
Ser professor hoje e eu enquanto professora
Há 13 anos
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